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sábado, 8 de dezembro de 2012

O Observador: A Globo torce para o Corinthians?

*Créditos:Matéria do site NaTelinha
Não bastasse o fato de monstruosa disparidade entre valores recebidos por cotas televisivas entre alguns times – Corinthians e Flamengo, por exemplo, ficam com boa parte do que é destinado aos clubes pela TV Globo –, temos que lidar com emissoras absolutamente capazes de serem parciais em episódios como o que estamos vivenciando atualmente. 

 
O fato do Corinthians estar no Campeonato Mundial de Clubes é a ilustração perfeita do que vem, de fato, acontecendo há tanto tempo e incomodando quem fica só no camarote – o restante de todo o público.
 
Times brasileiros sempre frequentaram o Mundial de Clubes, vide São Paulo, Internacional, Santos e, agora, o Corinthians. Isso só para falar dos últimos sete anos. Mas nenhuma cobertura do torneio, em todos esses anos em que tivemos representantes tupiniquins nos gramados japoneses, foi tão intensa e declaradamente partidária como esta de 2012, na qual faz parte o todo poderoso Timão. A pergunta é simples: a Globo torce pelo Corinthians?
 
Independente da resposta, é de qualquer forma errado dar essa atenção demasiada ao clube paulista se levarmos em consideração que o Brasil não torce pelo Corinthians e, se tratando de uma emissora nacional, é necessário atender aos interesses do todo.
 
Na TV aberta, o que a Globo e a Band vem fazendo com o Corinthians é algo que merece redobrada atenção por parte dos telespectadores. Esses canais, principalmente, vem transformando o clube numa espécie de paixão nacional, mexendo nas suas programações em função do campeonato mundial, deslocando apresentadores só para esse assunto, desviando uma parte considerável do foco de todos os seus telejornais ao time paulista e etc. Isso incomoda diretamente o restante do público e provoca ruídos no noticiário.
 
Parece que estamos em Copa do Mundo e os nossos ídolos entrarão em campo. Como se todo o Brasil fosse realmente fiel ao Corinthians. Os locutores dos jogos se tornam torcida organizada, a torcida organizada se torna representante lícita da torcida brasileira e assim por diante.
 
Claro que a TV tem um favorito, aquele que vende mais, e faz tudo para que esse favorito concretize as expectativas. Nem sempre dá certo. De qualquer forma, na medida do possível é show direcionado para um determinado final – o que trará maiores benefícios. 
 
Hoje, futebol é business e, desde que se descobriu isso, os times que investem na embalagem do presente, colocando o próprio esporte para escanteio, ficam em destaque. Mas só pode investir muito quem ganha muito e aí está a explicação para grandes times sempre poderem estar disputando títulos dos grandes campeonatos.
 
O ciclo é perigosamente vicioso.
 
A única saída é tentar mudar isso a partir de agora, com as novas mídias. Não aceitar ser feito de fantoche é o primeiro passo para que esse panorama mude. Se só querem falar do Corinthians, tudo bem, que seja. Afinal, emissoras de TVs, apesar de serem concessões públicas, são instituições privadas. Então deixemos que só torcedores corinthianos, que representam 13% da população, acompanhem àquele determinado programa.
 
Por fim, vale lembrar: não é o Brasil que está no Mundial de Clubes.